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Resultados

Percepção do gosto amargo

O paladar é um importante sentido do corpo e nos permite diferenciar os sabores dos alimentos ingeridos entre o salgado, doce, azedo e amargo. Aproximadamente 25% das pessoas não sentem o sabor da substância amarga chamada feniltiocarbamida (PTC), presente em alimentos como rúcula, agrião e brócolis e em bebidas como água tônica, café e cervejas escuras. Sendo assim, esses indivíduos percebem tais alimentos e bebidas como sendo menos amargos e mais saborosos. A sensibilidade ao gosto amargo tem pouca influência dos fatores ambientais, sendo determinada principalmente por fatores genéticos. 

Entendendo seu resultado

O gene chamado TAS2R38, presente no cromossomo 7, é responsável por detectar compostos amargos através dos receptores gustativos presentes na língua. Alterações na sua função impedem a percepção do gosto amargo presente em alguns alimentos. As pessoas que possuem duas cópias do A no marcador rs1726866 nesse gene apresentam predisposição para não sentir alguns tipos de gosto amargo. 

SNP

rs1726866

Cromossomo

7

Gene

TAS2R38

Seu genótipo

A,G

População de estudo:

Africana, asiática, europeia e norte americana

Resultado conforme genótipos

G,G
A,G
A,A

Predisposição para sentir a maioria dos tipos de gosto amargo

Seu resultado

Predisposição para sentir a maioria dos tipos de gosto amargo

Predisposição para não sentir alguns tipos de gosto amargo

Sugestões

A presença de uma cópia do  rs1726866-A indica que você apresenta predisposição para sentir a maioria dos tipos de gosto amargo. Contudo, isso não significa que você necessariamente irá apresentar essa percepção, já que existem outros fatores genéticos e ambientais envolvidos. Alimentos como brócolis, couve, agrião e rúcula possuem alto valor nutricional, mas costumam ser evitados por pessoas que sentem o gosto amargo. A substituição destes alimentos por outros com componentes nutricionais similares é uma alternativa para manter uma alimentação completa e balanceada. Para uma avaliação e interpretação mais detalhadas do resultado, recomenda-se o acompanhamento de um especialista. 

Referências bibliográficas

DRAYNA, Dennis. Human taste genetics. Annu. Rev. Genomics Hum. Genet., v. 6, p. 217-235, 2005.   

KIM, Un-kyung et al. Positional cloning of the human quantitative trait locus underlying taste sensitivity to phenylthiocarbamide. Science, v. 299, n. 5610, p. 1221-1225, 2003.  

TIMPSON, Nic J. et al. TAS2R38 (phenylthiocarbamide) haplotypes, coronary heart disease traits, and eating behavior in the British Women’s Heart and Health Study. The American journal of clinical nutrition, v. 81, n. 5, p. 1005-1011, 2005.